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quinta-feira, 3 de novembro de 2011

BIBI, pra sempre minha amiga!

Numa tarde, voltando do colégio, conversava com alguns alunos, quando avistei uma cadela branca, magra e com alguns machucados... provavelmente pedradas... eita!
Ela passava na avenida perto da praça, chamei mas ela não me atendeu e perdi ela de vista.
Me contaram que ela foi abandonada no interior da Linha Santo Isidoro, como ninguém a queria por lá, foram espantando, a pedradas é claro (odeio gente ruim pra bicho) e ela acabou no centro da cidade.
Dias depois, o neto da minha vizinha passeava de bicicleta, a cadela seguiu ele e veio parar na minha rua.
Quando a vi, chamei e ela veio medrosa, se deitando toda e abanando o rabinho, corri buscar água e ração e ela não sabia se primeiro matava a sede ou a fome.
Coloquei uma coleira nela e amarrei atrás da minha casa, que era o único espaço parcialmente vago.
Juro, achei que desta vez eu perderia parte da audição, de tanto que minha mãe gritava comigo, ela estava enfurecida...”Outra? Já não chega os que tem aqui? Quero ver achar casa pra essa cadelona, imagina quem que vai querer...” e blábláblá... ufa!
Eu escutava quieta... nessas horas é melhor se fazer de surda mesmo, como explicar pra ela que era mais uma, porque infelizmente ela também precisava de ajuda, afinal já corria boatos que tinha gente querendo matar ela, porque rasgava todos os sacos de lixo das lixeiras mais altas, ela era grande tadinha...
Grande mas não maior que seu coração, nunca vi uma cadela tão amorosa, só que não media o tamanho de sua força e sempre que pulava de alegria quase me desmontava!
Batizei ela de Bibi... no sábado seguinte tomou um banho e aí sim ficou lindona, branquinha... se alimentava bem e logo engordou, parecia uma princesa!
Bibi ficou comigo por mais de seis meses, até o dia que uma  amiga minha, que vende jóias e também gosta muito de bichos, me contou que tinha uma conhecida, na cidade de Fraiburgo que tinha sítio e talvez a adotasse.
Dias depois, era mês de dezembro de 2010, num sábado a tarde, a mulher ligou que viria conhecer a Bibi, eu já comecei a ficar angustiada (rezo pra que sejam adotados e quando chega a hora deles partirem, meu coração começa a ficar apertado... queria ficar com todos...)
Eu e a Nicole demos o banhão nela e ficamos sentadas na garagem, esperando a família vir.
Ela estava mais amorosa do que nunca e não parava de me olhar bem no fundo dos meus olhos, parecia que sabia que iríamos nos despedir.
A família chegou e ela como boa anfitriã, os recebeu com muita festa. Eles gostaram dela e resolveram adotar também um filhotinho que estava pra adoção num sítio, tinham visto a foto dele no meu orkut, (uso este site de relacionamento para divulgar meus álbuns de adoção).
Não consegui evitar as lagrimas ao ver minha Bibi indo embora, mas sabia que era melhor pra ela ter um  sítio imenso pra correr e brincar, aqui ela ficava amarrada curta por falta de espaço... é nessas horas que vejo que só o meu amor não basta pra eles estarem bem.
Na despedida a abracei e beijei e ela me deu muitas lambidas, calorosamente, como fazem grandes amigas. Sei que nunca vamos esquecer uma da outra, pois como diz aquela frase... ”Nossos bons amigos ficam para sempre”!

2 comentários:

  1. ah Môni.. que linda essa história!! Pode ter certeza que a Bibi nunca.. nunca mesmo.. vai te esquecer. Vc é a mãe que todo mundo gostaria de ter! Te amo!!

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    1. Gio amiguinha... sabe quando fiquei sabendo que a BIBI tinha desaparecido meu coração ficou aos pedaços, coloquei ela pra adoção porque infelizmente não posso ficar com todos e quando ela foi eu sofri muito... mas agora graças a Deus ela voltou e esta bem... querida BIBI, ela é uma fofa ♥

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