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sábado, 5 de novembro de 2011

KIARA... a bandidinha.

No início de dezembro de 2010, eu e a Nicole fomos de ônibus para Videira, cidade a dez km de Iomerê.
Perto das 11:00 da manhã, fomos para o terminal, pegar o ônibus para voltar, quando vimos uma cadelinha pequenina, não devia ter dois meses, que corria de uma lado para o outro.
Como estava perto de uma menina, achamos que era dela, viemos embora comentando como era bonitinha e sapeca.
Uma semana depois, estávamos no terminal e lá estava a cadelinha de novo, deitadinha no asfalto, os ônibus precisavam desviar dela pra não passar por cima, o sol estava insuportável, o asfalto queimava.
Aquela hora o lugar estava lotado,  mas ninguém se importava com ela. Fui pega- la  levei um susto, gritava e me mordeu tanto que escorria sangue das minhas mãos, coloquei ela embaixo de uma árvore, estava com as patinhas da frente machucada, mas ainda bem que não estavam quebradas.
Olhamos ao redor, não vimos a menina... percebemos que ela estava abandonada, coitadinha, estava sujinha e já tinha emagrecido.
Fui até o ponto de táxi, que fica ali perto e perguntei o que sabiam dela, mas não me deram atenção.
Vi então uma mulher varrendo o terminal e fui conversar com ela, ficamos sabendo que a cadelinha  já estava lá, fazia quase um mês, ela até cuidava, dava comidinha, mas não podia adotar.
Como trabalhava só na parte da manhã, o resto do dia e nos finais de semana a pobrezinha ficava sozinha, por isso estava sempre machucada, a noite tem bêbados e drogados por lá...
Minha mão não parava de sangrar, fui na farmácia comprar curativo. Depois fomos até um mercado comprar um pacote de ração, pedi pra mulher dar pra ela, que assim que eu pudesse ia pegar a cadelinha.
Dias depois a Bibi foi adotada e vagou o lugar atrás da casa. Eu e o Gabi fomos no mesmo dia busca- la, quando chegamos, ela estava brincado sozinha com uma garrafa vazia de água mineral, a cena era linda mas muito  triste...
Colocamos ela dentro do carro, mas apesar de pequena era bravinha e escandalosa, não queria vir, tentava me morder, foi um sufoco até chegarmos. Prendemos ela, demos água e comida e começou o fiasco...
Chorava tanto, queria ficar solta, não demorou minha mãe viu ela... e começou com o sermão... ”Vê se pode, nem saiu uma já trás outra? Mônica será que você tem o que nessa cabeça, parece que tá ficando louca..." e outras frases feitas, que já até decorei.
Com o passar do tempo, foi ficando cada vez mais linda, brava e louquinha... é hiper ativa, come tudo que vê, vira os potes de água e comida (nem sei quantos já destruiu), só casinhas já teve três...
Como ela é muito danadinha, demos o nome de Kiara ( homenagem a  vilã da novela Passione)
Ela está castrada, uma amiga pagou pra mim. Tinha colocado ela pra adoção, porque no momento estou com quinze cães, mas acho impossível, motivo: seu gênio. Tenho medo que batam nela, não é justo apanhar mais nessa vida, desde bebezinha que sofre maus tratos.
Sei que erro na educação deles, pois não sei me impor, deixo fazer o que querem e com a Kiara isso só favoreceu seu lado: “Ai com eu sô bandida” !
Kiki vai ficar comigo, se um dia aparecer alguém de alma gigante ( e saco de paciência maior ainda), talvez eu deixe ser adotada. Ainda mais que já estou acostumada dormir com a danadinha brigando com “seus amigos imaginários" e o barulho dela comendo a casinha e os potes.
O que importa é ela estar bem, não me incomodo com a bagunça noturna, pra mim são apenas sons de ninar!

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