Total de visualizações de página

terça-feira, 1 de novembro de 2011

NATALINO... um olhar de alegria!

Faltavam dois dias para o Natal (2010), a minha filha Nicole, passeando com amigas na avenida, viu um cão muito magrinho e carente. Chegando em casa me avisou e fomos procura- lo, mas não o encontramos. 
No natal fomos na casa da minha tia em Videira, na volta resolvemos procurar ele de novo... pedimos pra um pessoal perto da avenida e eles disseram que achavam que ele estava morto, porque de manhã bem cedo, viram quando um cão muito maior que ele, tinha lhe dado uma surra tremenda.
Ficamos mais um tempão procurando, até que vimos ele embaixo de um carro, estava tremendo, muito magro, sujo e todo mordido, mas o que mais me chamou a atenção foi a enorme tristeza em seu olhar...
Com cuidado colocamos a coleira e a guia e ele entrou no carro, daí em diante foi uma correria só, pois precisávamos improvisar uma casinha pra ele (nesta época eu estava com onze cães) e tentar “esconde- lo” antes da chegada da minha mãe... não era justo brigarmos no dia de natal!
O Gabriel fez as pressas uma casinha e amarramos aquele anjinho triste, colocamos um potão de água e ração que ele devorou tudo de tão faminto que estava.
Passei remédio nos machucados e fiquei fazendo carinho nele um tempão, até perceber que pelo menos um pouco da tristeza de seu olhar tinha sumido...
Na hora de escolher seu nome nem tive dúvidas.... será Natalino em homenagem ao dia que o encontramos!
Os dias iam passando e ele cada vez mais gordinho e feliz (sem dúvida, de todos que recolhi e ajudei este é o que ficou com o olhar mais alegre).
Natalino estava pra adoção, infelizmente não posso ficar com todos e até o dia que ele foi adotado eu estava, entre filhote e adulto, macho e fêmea, com dezessete cães.
Na metade do mês de setembro deste ano (2011), escutei os cachorros que acoavam muito, eles fazem um estardalhaço cada vez que chega gente, os vizinhos que “amam” isso...
Fui lá fora ver quem era, vi um senhor, ele queria saber se eu tinha cães pra adoção.
Levei ele pra vê- los e ele gostou do “meu Natalino”, nessas horas nem sei explicar a tristeza que me dá (não consigo evitar a sensação de me sentir uma traidora entregando eles, mas infelizmente é preciso)...
Peguei o fofinho no colo e beijei ele muito (nem me importei com a cara estranha que o homem fez...) e cochichei em seu ouvido... "Que São Francisco de Assis proteja você sempre meu pequeno Natalino... e por favor nunca perca a alegria do seu olhar e nem esqueça de mim que te amo tanto!"
Lá foi ele, todo apreensivo , no porta malas de um carro, rumo a um sítio em Ibicaré.
E que seja feliz em seu novo lar,  mais esse meu lindinho!

Nenhum comentário:

Postar um comentário