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sábado, 3 de dezembro de 2011

Um segredo chamado GUBI (Parte Final)

Gubi, o segredo mais fofinho que eu e a Nicole já tivemos, cresceu junto com ela.
Era tão lindo ver as estripulias dos dois... brincavam tanto até desabarem no sofá, um mais cansado que o outro.
Quando ficou mais grandinho, começou fazer “aquelas bobeirinhas” que todo cãozinho faz e por azar, as pernas preferidas dele eram as da minha mãe, ela ficava louca da vida.
Nesta época, ela tinha um chinelo verde e passava na bunda dele toda vez que ele ameaçava grudar em suas pernas.
A gente se divertia muito, sempre que ele estava aprontando alguma, era só dizer: “Ai, ai, ai... olha o verdinho da vó...” e ele mais que depressa corria se esconder embaixo do armário e lá ficava espiando, só esperando ela aparecer com o chinelo.
Até que tinha seis meses morava dentro de casa, minha mãe não fazia nem um pouco questão que ele ficasse e dormisse com a gente, mas apesar disso, só foi morar lá fora porque ele mesmo decidiu, eu e a Nicole apesar de tristes, fizemos sua vontade.
As noites não eram mais as mesmas, demoramos a nos acostumar sem ele pulando na cama e derrubando as cobertas no chão.
No começo o deixamos solto de dia e a noite amarrado, mas começou ir muito em volta e voltava sempre machucado... pedradas e até tiro de chumbinho levou, atitudes típicas de povinho ignorante. Decidimos então que ele infelizmente ficaria amarrado sempre.
Meu pai colocou um fio preso de uma árvore a outra, assim ele poderia correr pelo gramado e ver os dois lados da rua (moramos em uma esquina). Continua assim até hoje, de todos os cães que moram aqui (quinze no momento) o lugar mais privilegiado é o dele.
Com o passar dos anos ele conquistou tanto nossa família, que não tem quem não o ame. Meu pai então, o adorava, a gente ria muito, porque quando tinha só a gente em casa, ele fazia um monte de coisas que meu pai pedia: ”senta, deita, dá a patinha..." mas era só chegar um estranho e meu pai queria mostrar como ele era inteligente, que o safado não fazia mais nada...
Quando as visitas iam embora meu pai dizia pra ele: "Gubi jaguarão, hoje me fez passar por mentiroso... quero ver se ainda sabe deitar...” e não é que o danadinho deitava na hora?
Em 2007, sofremos muito com a morte de meu pai e sei que Gubi também, pois era sagrado, todo dia meu pai ia brincar um pouco com ele...
Com a idade Gubi foi ficando doentinho, está com problemas respiratórios e cardíacos, já internamos ele muitas vezes por vários motivos: viroses, extrair dentinhos cariados, operar um tumor perto do pintinho... cada vez que fica doente, morremos de medo de perde- lo.
Hoje ele sente fraqueza nas perninhas, tem um tumor dentro da orelha que deixa ele meio surdinho, não pode mais ser operado porque seu coração não suportará a anestesia. O canal lacrimal dos olhinhos secou e passamos pomadas e colírios duas vezes por dia para evitar que inflame tanto.
O veterinário disse que até ele não ter dor e se alimentar direitinho não será necessário fazer eutanásia.
Graças a São Francisco apesar da idade e dos problemas que tem, ele continua cada dia mais feliz e o melhor, sem dor.
Acho que é de tanto amor que temos por ele. Eu e a Niki nem queremos pensar no dia que será necessário nos despedirmos dele pra sempre. 
Mas infelizmente, quando chegar a hora, tentaremos nos conformar, lembrando com carinho de cada momento vivido ao lado deste amado anjinho e procuraremos conforto nas palavras deste lindo poema, que minha querida amiga me mandou, diz assim:
"Quando amanhã começar sem mim e eu não estiver mais aqui e se o sol nascer e encontrar seus olhos cheios de lágrimas por mim, eu peço muito, não chores. Apesar de saber que seu coração está em dor, lembre e aceite, foi para o meu bem, era meu tempo de ir. Eu sei o quanto você me ama e o tanto quanto eu amo você e a cada momento que em mim você pensar, você vai sentir saudades. Quando amanhã começar sem mim, não pense que estamos distantes, pois a cada instante que em mim você pensar, estou exatamente aqui, dentro do seu coração!".

2 comentários:

  1. Môni.. eu não consegui segurar as lágrimas ao ler este post.
    Fiquei lembrando de cada cachorrinho que já tivemos e como eles também foram importantes em nossas vidas! O Kioma, o Dicky, o Beethoven, a Keith... Eles se foram para o céu dos cachorrinhos, mas estarão para sempre dentro dos nossos corações!
    Linda mensagem final.. diminuiu a dor de perder amiguinhos tão queridos e importantes!
    Te adoro, viu?
    Beijos

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    1. Sabe, também chorei quando escrevi, é tanta lembrança...a Niki pequena, a saudade "gigante" do meu Pai, o lindo poema que a Eliane me mandou...
      mas QUEM fez as coisas, sabia o que estava fazendo mesmo, porque mesmo quando perdemos algo e estamos dilacerados pela dor, conseguimos força para continuar em frente!
      Minha força é tudo isso...minha filha, família, bichinhos e é claro pessoas especias como você!
      Bjo :D

      ah...Gio, você esqueceu da Lili...hehehe!!

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