Era tão lindo ver as estripulias dos dois... brincavam tanto até desabarem no sofá, um mais cansado que o outro.
Quando ficou mais grandinho, começou fazer “aquelas bobeirinhas” que todo cãozinho faz e por azar, as pernas preferidas dele eram as da minha mãe, ela ficava louca da vida.
Nesta época, ela tinha um chinelo verde e passava na bunda dele toda vez que ele ameaçava grudar em suas pernas.
A gente se divertia muito, sempre que ele estava aprontando alguma, era só dizer: “Ai, ai, ai... olha o verdinho da vó...” e ele mais que depressa corria se esconder embaixo do armário e lá ficava espiando, só esperando ela aparecer com o chinelo.
Até que tinha seis meses morava dentro de casa, minha mãe não fazia nem um pouco questão que ele ficasse e dormisse com a gente, mas apesar disso, só foi morar lá fora porque ele mesmo decidiu, eu e a Nicole apesar de tristes, fizemos sua vontade.
As noites não eram mais as mesmas, demoramos a nos acostumar sem ele pulando na cama e derrubando as cobertas no chão.
No começo o deixamos solto de dia e a noite amarrado, mas começou ir muito em volta e voltava sempre machucado... pedradas e até tiro de chumbinho levou, atitudes típicas de povinho ignorante. Decidimos então que ele infelizmente ficaria amarrado sempre.
Meu pai colocou um fio preso de uma árvore a outra, assim ele poderia correr pelo gramado e ver os dois lados da rua (moramos em uma esquina). Continua assim até hoje, de todos os cães que moram aqui (quinze no momento) o lugar mais privilegiado é o dele.
Com o passar dos anos ele conquistou tanto nossa família, que não tem quem não o ame. Meu pai então, o adorava, a gente ria muito, porque quando tinha só a gente em casa, ele fazia um monte de coisas que meu pai pedia: ”senta, deita, dá a patinha..." mas era só chegar um estranho e meu pai queria mostrar como ele era inteligente, que o safado não fazia mais nada...
Quando as visitas iam embora meu pai dizia pra ele: "Gubi jaguarão, hoje me fez passar por mentiroso... quero ver se ainda sabe deitar...” e não é que o danadinho deitava na hora?
Em 2007, sofremos muito com a morte de meu pai e sei que Gubi também, pois era sagrado, todo dia meu pai ia brincar um pouco com ele...
Com a idade Gubi foi ficando doentinho, está com problemas respiratórios e cardíacos, já internamos ele muitas vezes por vários motivos: viroses, extrair dentinhos cariados, operar um tumor perto do pintinho... cada vez que fica doente, morremos de medo de perde- lo.
Hoje ele sente fraqueza nas perninhas, tem um tumor dentro da orelha que deixa ele meio surdinho, não pode mais ser operado porque seu coração não suportará a anestesia. O canal lacrimal dos olhinhos secou e passamos pomadas e colírios duas vezes por dia para evitar que inflame tanto.
O veterinário disse que até ele não ter dor e se alimentar direitinho não será necessário fazer eutanásia.
Graças a São Francisco apesar da idade e dos problemas que tem, ele continua cada dia mais feliz e o melhor, sem dor.
Acho que é de tanto amor que temos por ele. Eu e a Niki nem queremos pensar no dia que será necessário nos despedirmos dele pra sempre.
Mas infelizmente, quando chegar a hora, tentaremos nos conformar, lembrando com carinho de cada momento vivido ao lado deste amado anjinho e procuraremos conforto nas palavras deste lindo poema, que minha querida amiga me mandou, diz assim:
"Quando amanhã começar sem mim e eu não estiver mais aqui e se o sol nascer e encontrar seus olhos cheios de lágrimas por mim, eu peço muito, não chores. Apesar de saber que seu coração está em dor, lembre e aceite, foi para o meu bem, era meu tempo de ir. Eu sei o quanto você me ama e o tanto quanto eu amo você e a cada momento que em mim você pensar, você vai sentir saudades. Quando amanhã começar sem mim, não pense que estamos distantes, pois a cada instante que em mim você pensar, estou exatamente aqui, dentro do seu coração!".
"Quando amanhã começar sem mim e eu não estiver mais aqui e se o sol nascer e encontrar seus olhos cheios de lágrimas por mim, eu peço muito, não chores. Apesar de saber que seu coração está em dor, lembre e aceite, foi para o meu bem, era meu tempo de ir. Eu sei o quanto você me ama e o tanto quanto eu amo você e a cada momento que em mim você pensar, você vai sentir saudades. Quando amanhã começar sem mim, não pense que estamos distantes, pois a cada instante que em mim você pensar, estou exatamente aqui, dentro do seu coração!".
Môni.. eu não consegui segurar as lágrimas ao ler este post.
ResponderExcluirFiquei lembrando de cada cachorrinho que já tivemos e como eles também foram importantes em nossas vidas! O Kioma, o Dicky, o Beethoven, a Keith... Eles se foram para o céu dos cachorrinhos, mas estarão para sempre dentro dos nossos corações!
Linda mensagem final.. diminuiu a dor de perder amiguinhos tão queridos e importantes!
Te adoro, viu?
Beijos
Sabe, também chorei quando escrevi, é tanta lembrança...a Niki pequena, a saudade "gigante" do meu Pai, o lindo poema que a Eliane me mandou...
Excluirmas QUEM fez as coisas, sabia o que estava fazendo mesmo, porque mesmo quando perdemos algo e estamos dilacerados pela dor, conseguimos força para continuar em frente!
Minha força é tudo isso...minha filha, família, bichinhos e é claro pessoas especias como você!
Bjo :D
ah...Gio, você esqueceu da Lili...hehehe!!