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quarta-feira, 11 de julho de 2012

Uma mocinha independente chamada PENÉLOPE (Parte I)

Srta. Penélope! Quem a vê hoje, morando dentro de casa com a gente e o Crock (seu grande amor), geniosa e cheia de mordomias, imagina que ficou assim, por ter sido muito amada e mimada... mas a realidade é outra...
Em pleno inverno de 2008 foi abandonada no centro de Iomerê, (provavelmente por algum infeliz desclassificado) assustada se mostrou até um tanto quanto “devota”, pois pedia socorro tentando se proteger na sala de catequese.
Como era de se esperar, não a deixaram ficar, ela então tristinha, foi se esconder atrás da Igreja.
Acabada a catequese, alguns alunos vieram até minha casa me falar desta pequena cadelinha.
Eu por sorte estava em casa, era minha folga no colégio.
Subi para ver se a encontrava e vi uma cena muito linda... na praça, havia outros alunos meus (fazendo aula de educação física e aproveitando um pouco do sol), ela estava sendo paparicada por várias crianças, todos com peninha daquela fofinha que tremia muito de frio!
Quando me aproximei, gritaram: Profe, olha que linda, coitadinha e não tem dono...”
Olhei pra ela que não parava de tremer, assim que peguei no colo, me olhou nos olhos e deu uma “engolidinha seca” (acho graça porque, até hoje ela faz isso...)
Agradeci as crianças pelo carinho que deram a ela e voltei pra casa.
Na estrada vinha conversando com ela... “então mocinha, preciso dar um banhão em você que está bem sujinha, ver comidinha e um cantinho quentinho, até acharmos alguém que a adote... e rezar pra que minha mãe não brigue comigo por estar levando mais uma”... (naquela mesma manhã já havia recolhido um, o Duque, dias depois descobri que tinha dono, contarei a historia dele outro dia).
Improvisei uma caixa de papelão e panos, comidinha e a prendi embaixo da mesa na garagem.
Quando minha mãe chegou do mercado, eu pra evitar um confronto com ela, disse que já tinha até achado casa pra ela, mas viriam buscar só semana que vem... sei que é feio o que eu fiz, mas era só pra minha vida ficar mais fácil. Em uma semana, se tudo desse certo acharia casa pra ela e tudo ficaria bem de novo, sem tanta brigas e discussões.
Mesmo assim ouvi... ”tem gente pensando que minha casa agora é hotel pra cachorro ficar hospedado, se querem adotar que venham ainda hoje pegar esta cadela e não fique aí me olhando sem falar nada...” eita, mas falar o que mãe?
Minha filha Nicole amou termos encontrado ela, achou muito lindinha, por ela teríamos adotado na hora, pena que não podia ser assim!
Durante a semana, até consegui alguém interessado, era uma senhora, mas havia ficado doente e estava passando uns dias na casa de sua filha e só queria a cadelinha quando melhorasse e voltasse pra sua casa e isso ia demorar uns dias.
Passou quase três semanas, quando notamos que sua barriguinha começava a crescer, logo vi que estava grávida.
A senhora então quando soube, não quis mais adotá -la, (o que até foi bom, porque geniosa do jeito que a Penélope é chegamos a conclusão que nunca mais a senhora ia poder sentar no sofá... porque quando a “madame” esta deitada e alguém se aproxima ela rosna mesmo, deixando bem claro que o sofá inteiro é dela... danadinha!)
Resolvi então, que ficaríamos com a fofinha até os bebes nascerem e sobre pressão da minha mãe aceitei que, assim que eles fossem adotados eu voltaria a achar casa pra ela.
Minha mãe a essas alturas, apesar das brigas, estava mais conformada que teríamos filhotes em casa e foi ela que a batizou de Penélope, a Charmosa!
Pepe (para os íntimos) continuava a ficar numa caixa improvisada, até que consegui com um aluno, uma casinha velha e meu marido Gabriel (que na época era meu namorado) reformou e pintou.
Pense na alegria dela quando viu a casinha, toda arrumadinha, nem deixou a gente ajeitar o local direito, já estava dentro e é claro, rosnado desconfiada que tirassem ela de lá... querida, ela sabia que a hora de ter os filhotes se aproximava e queria um lugar confortável e seguro, tadinha!
Sua barriguinha estava cada dia maior e ela até então, nem tentava fugir, passava o dia deitada na casinha, dormindo sossegada, tendo todo o carinho e cuidados que precisava.
Eu e a Nicole estávamos cada dia mais felizes e ansiosas com a chegada dos filhotinhos e nas ultimas semanas não falávamos em outra coisa... e foi numa linda noite de uma sexta- feira, que suas contrações começaram... vida nova anunciando a chegada... e outra historia a contar!

2 comentários:

  1. Você é uma pessoa muito, muito linda!!! Quero ler a continuação.

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    1. Lila... finalmente consegui arranjar um tempo para fazer a segunda parte da historia da Pepe... assim que der posto a terceira parte...hehehe... bjo querida e obrigada por acompanhar meu blog!!!

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