NOTA: Sempre senti o
maior orgulho ao escrever minhas historias, com os anjos que resgato, pois amo cada uma
delas. Criei este blog pra poder registrar as emoções que vivi ao lado deles. São historias verdadeiras, umas simples, outras complicadas, mas todas baseadas
em fatos reais, pois acima de tudo neste espaço, quero gravar cada detalhe que
esta guardado em meu coração, pra que fiquem registrados, mesmo quando o tempo e a idade insistirem em querer apaga-los da minha memoria. Nelas cito somente os nomes dos animais e meus familiares, mas infelizmente
muitas vezes envolvem outras pessoas, as quais não divulgo nomes, mas as
situações da presença delas, que é fundamental, afinal
não vou esconder a realidade diante do que passei e passo a vida toda como
Protetora e encobrir fatos pra poupar algo ou alguém, seria hipocrisia minha esconder
partes do que realmente aconteceu, pois estaria acima de tudo mentindo pra mim
mesma.
Também não pretendo com isso ofender ninguém (verdades ofende??), nem USAR meu Trabalho Voluntário pra futuramente me candidatar a NADA... cargo político, presidente de ONG, nem fazer parte de algo que tenha STATUS, meu único intuito é continuar seguindo NA MINHA o que considero minha missão: Proteger os animais que cruzam meu caminho, não importando a espécie.
Sei também que em todas as minhas historias tem erros de concordância, pontuação etc, não sou escritora profissional, apenas uma Protetora com a memória e o coração cheio de emoções vividas e que deseja eternizar-las em algum lugar...
Também não pretendo com isso ofender ninguém (verdades ofende??), nem USAR meu Trabalho Voluntário pra futuramente me candidatar a NADA... cargo político, presidente de ONG, nem fazer parte de algo que tenha STATUS, meu único intuito é continuar seguindo NA MINHA o que considero minha missão: Proteger os animais que cruzam meu caminho, não importando a espécie.
Sei também que em todas as minhas historias tem erros de concordância, pontuação etc, não sou escritora profissional, apenas uma Protetora com a memória e o coração cheio de emoções vividas e que deseja eternizar-las em algum lugar...
Contar a historia do
Caramelo e da Kavita é complicado, pois são dois resgates com dias, locais e diferentes
situações, mas resolvi escrever as duas juntas, porque em algum momento, por
desgraça do destino, elas de certa forma se unem, pois infelizmente envolvem as
mesmas pessoas.
Em uma tarde, no mês
de janeiro de 2014, estava me organizando pra fechar os patudinhos no canil, quando ouvi um
ex-aluno me chamar... ”Profe, vim te avisar que na estrada entre Pinheiro Preto
e Iomerê tem um cão atropelado, com a perna quebrada, que dá até para ver o
osso...”
Céus, que noticia mais triste, apesar de ser Protetora a vida toda, nunca consegui preparar e dominar meu coração, que fica angustiado diante dessas
situações... minha cabeça em instantes começa a ferver, tentado pensar em
tudo: ligar desesperada pro meu marido, como ir busca-lo?, Será que ainda esta vivo?, procurar o veterinário e o pior, aonde abrigar mais um em nossa casa-de-passagem, que sempre esta lotada...
Expliquei que não tinha como ir resgatar o cão naquele exato
momento, ele então se prontificou pra ir busca-lo pra mim. Pouco tempo depois
voltou dizendo que não o encontrou, deduzimos então, que o coitadinho deveria ter dono e já teria sido socorrido.
Mesmo assim à noite,
quando o meu marido Gabriel estava voltando pra casa, pedi pra ele ir ate o local
indicado e fazer mais uma busca, mas foi em vão, nem sinal do cão.
As semanas foram
passando, mais animais sendo acolhidos e apesar de tudo, a rotina transcorria
normalmente (exceto por uma dor de cabeça que me consumia à dias, maldita
enxaqueca), até me ligarem avisando, que tinha um cão abandonado em frente a
uma agropecuária.
Pedi que se pudessem
fazer algo por ele por uns dias ficaria agradecida, pois estava sem espaço (tinha acolhido um cão
pretinho e fofinho, que foi abandonado em Bom Sucesso e já estava com adoção certa, só não tinha
entregado ainda, porque também mancava de uma perna e queria levar no
veterinário antes de doa-lo.
Algumas horas depois
o mesmo ex-aluno e sua namorada vieram de bicicleta até minha casa, seguidos
por um cão magro, sujo, com os pêlos embolados e completamente manco de uma
perna... dava para ver o osso exposto, mas mesmo assim muito lindo!
“Profe... acredita
que este é o cachorro que vi aquele dia atropelado?”
Nem acreditei,
coitadinho o estrago tinha sido grande, além da perna quebrada, dava para ver o
pintinho dele completamente pra fora, a pele rasgada, apesar de já estar
aparentemente sarado e milagrosamente sem bicheiras. Quanta dor não passou durante
todas aquelas semanas? Onde ficou esse tempo todo? Como se alimentou? Essas
perguntas até hoje estão sem resposta...
A cabeça latejava e
eu mal consegui ficar em pé...
Minha filha Nicole começou a providenciar coleira e guia e juntas tentávamos pensar num local pra abriga-lo.
Com o canil lotado,
iria ficar no lote da minha mãe, que é do lado da minha casa, que também já
estava com muitos animais, naqueles dias estávamos com 24 cães e 3 gatas.
A Nicole carpiu embaixo
de uma arvorezinha e colocamos uma casinha quebrada (a única disponível) apesar
de saber que ele nem iria querer entrar nela. Voltamos pra rua para por a
coleira e a guia nele e quem disse que o malandrinho queria vir... céus, foi
quase uma hora pra convence-lo a nos seguir, como ele empacava e a gente tinha medo de pegar no colo que ele
mordesse, fomos chamando-o com comida, cada passo era dez minutos de parada.
O rapaz e a moça que
trouxeram ele, logo depois voltaram com um saco de ração, uma coleira e corrente
novas, o que me deixou muito feliz, pois aceitamos de coração todo tipo de doação,
ainda mais quando vem com tanto carinho.
A família da moça estavam
passando na rua nesta hora e o pai dela veio ajudar a gente a prender bem ele, pra que não fugisse ou se soltasse e fosse brigar com os outros que estão ali.
O lote na casa da minha mãe (onde acolho
parte deles) é todo aberto, por isso é necessário amarra-los para evitar que
briguem ou fujam e sejam atropelados.
As irmãzinhas da moça
e do rapaz, também estavam andando de bicicleta e acompanhavam emocionadas o
resgate daquele amadinho, pediram se poderiam chama-lo de CARAMELO, amei o nome
e assim ele foi batizado.
A Nicole arrumou cobertinha, pote de água e ele deitado só acompanhava ela com o olhar, mas quando chegou com a comida, ele estava tão faminto, que mesmo com dificuldade se levantou e em instantes devorou tudo, tadinho.
Ele estava incomodado em se ver preso, fizemos um monte de carinho nele, pra se acalmar (não queria ficar amarrado) e quando viemos pra casa já estava escuro, ficamos rezando pra que não latisse durante a noite e agitasse todos os outros.
Levaria ele consultar somente na manhã seguinte, pois aqui na minha cidade não tem Clínica Veterinária.
Ele estava incomodado em se ver preso, fizemos um monte de carinho nele, pra se acalmar (não queria ficar amarrado) e quando viemos pra casa já estava escuro, ficamos rezando pra que não latisse durante a noite e agitasse todos os outros.
Levaria ele consultar somente na manhã seguinte, pois aqui na minha cidade não tem Clínica Veterinária.
Chegamos em casa e minha
cabeça parecia que ia explodir, tentei mais uma vez tomar remédio, mas não
adiantou, piorei, minha filha foi chamar meu irmão e me levaram no hospital em Videira (cidade próxima), onde
fiquei internada em observação até o dia seguinte.
Voltei pra casa me
sentindo melhor e assim que consegui, fui atrás do Caramelo, ligar pro veterinário, ver de carona, tirar fotos, divulgar nas
redes sociais e tentar pedir algum tipo de ajuda, já que pelo visto o caso dele
ia ser bem complicado e infelizmente nós não estávamos em condições financeiras de arcar com
mais estas despesas.
Algumas das pessoas
que visualizaram o álbum dele se prontificaram em ajudar, entre elas, uma alma
abençoada da cidade de Videira, que deixou recado me avisando que se
comprometeria em dar carona pro Caramelo ate o veterinário e assim fez.
Veio ela, a família e até uma vizinha ajudar, estava garoando e nem se importaram em por aquele querido todo sujo dentro do carro, pedi se podiam levar o cãozinho pretinho que tinha vindo de Bom Sucesso para aproveitar a viagem, elas disseram que sim, corri para pega-lo e com o carro lotado, foram rumo ao Veterinário.
Veio ela, a família e até uma vizinha ajudar, estava garoando e nem se importaram em por aquele querido todo sujo dentro do carro, pedi se podiam levar o cãozinho pretinho que tinha vindo de Bom Sucesso para aproveitar a viagem, elas disseram que sim, corri para pega-lo e com o carro lotado, foram rumo ao Veterinário.
Avisei a Clínica que
logo estariam chegando, eles como sempre, me acalmaram e disseram que assim que
os examinassem, dariam notícias avisando.
Sentei no sofá e
chorei... de canseira (a praga da dor de cabeça ainda não tinha sumido
completamente) e felicidade, pois agora era só aguardar.
Mais um anjo machucado e abandonado acolhido e logo se tudo desse certo, ele estaria melhor, seria adotado
por uma família do bem e que de alguma forma a gente conseguiria pagar o tratamento veterinário dele... mas, mal
sabia eu que até isso acontecer, muitas coisas boas e ruins estavam por vir, fatos esses
que serão contados na continuação
desta longa historia...
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