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domingo, 16 de fevereiro de 2014

As Princesas Borralheiras MISSY e WENDY (Parte II)

As princesinhas Missy e Wendy continuaram borralheiras, mas por pouco tempo,  dias depois que as acolhi em nossa casa-de-passagem liguei pra um Pet Shop de uma cidade próxima (na minha não tem) virem buscar as duas para um banhão decente e uma tosa maravilhosa e assim foi feito, a tardinha chegaram as duas completamente transformadas em belas princesinhas, não me contive e até chorei, porque realmente não pareciam mais as mesmas: pelinho limpo e brilhante, lacinhos coloridos...  céus, dava vontade de pegar no colo e não largar nunca mais. 

Elas estavam “se achando” e, diga-se de passagem, não era pra menos... sabiam que estavam lindas e aproveitavam este momento (provavelmente único em suas vidinhas), não andavam, nem corriam mas sim desfilavam, com direito a paradinhas para as inúmeras fotos que tirei.
Mas infelizmente por falta de espaço tiveram que voltar ao canil, não que isso seja ruim, porque o canil que a gente fez para eles não é um lugar de luxo, mas é limpo, sempre com água e ração à vontade e muito divertido (meu marido Gabriel fez no pátio um parquinho para eles passarem o tempo e se exercitarem, eu e minha filha Nicole pintamos tudo bem coloridinho, amo estar lá dentro com eles),  porém a hora que entrassem portão a dentro com a turma toda de Patudinhos, logo estariam descabeladas e sem os lacinhos.

Afinal desde que foram aceitas pela turma e passaram pelas provas dos veteranos, com direito desde a cheiradas inconvenientes no rabinho, latidos ameaçadores (quiçá o que não falam entre eles nessas horas), perseguições sem fim no canil, mordidas nas orelhas, um verdadeiro bullying, um  ritual de aceitação que acontece com cada um que entra no canil, pois cada adotado abre vaga pra mais um ser acolhido no abrigo. Enfim, como eu dizia, desde que foram aceitas na “matilha” passaram a ser amadas e respeitadas por eles e juntos se divertiam o dia inteiro brincando de pega-pega, subindo e descendo da rampinha, rolando pela grama e terra, numa felicidade sem fim.
Claro que sempre estou presente supervisionando cada animalzinho que entra, se a briga  fica feia entro na hora no meio da confusão pra separar, as vezes até eu levo umas mordidas, mas nada que em uma semana não cure.
Mas apesar de felizes aqui, eu sabia que o lugar delas não era num canil, infelizmente tem cãezinhos que parecem nascer para ficar dentro de uma casa, não que todos não merecem isso, mas por experiência própria sei que cada um se adapta de uma forma, um exemplo disso é o Gubi (cãozinho de estimação da minha filha Nicole desde que ela era pequena), conseguimos que ele ficasse com a gente dentro de casa ate os seis meses, depois ele não quis mais, chorava na porta o tempo todo, então mesmo de coração partido acatamos sua vontade e ele passou a viver lá fora no pátio. 
Mas com elas era ao contrario, quando iam a um pet pra serem tosadas ou eu dava banho e segurava dentro de casa ate ficarem sequinhas (claro que com o Crock e a Penélope, que são os dois cães que tenho dentro de casa, trancados dentro do quarto, pois infelizmente não aceitam a presença de nenhum outro animal), eu percebia o quanto elas gostavam do conforto de um sofá, a delicadeza com que subiam em uma cama e se aconchegavam nela...
Por falta de lugar infelizmente não pude dar esta oportunidade a elas e la iam as duas de volta pro canil que em questão de minutos já estavam descabeladas novamente. Os dias iam passando e a gente cada vez mais apaixonados por essas criaturinhas, mesmo sabendo que estava chegando a hora de pensar em procurar adotantes responsáveis para elas começarem novas historias e aventuras em suas vidinhas, não impedia dos nossos corações doerem de tristeza, afinal aqui em casa ninguém queria abrir mão de ver todos os dias a alegria contagiante dessas duas lindas e amadas princesinhas.

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