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quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

FELIZ NATAL E PROSPERO 2016 do ABRIGO SÃO CHIQUINHO

É com a força do AMOR que move o UNIVERSO, que eu e minha filha Nicole, fizemos este vídeo para homenagear os nossos amigos queridos, virtuais ou não, no NATAL de 2015. 
Nele estão todos os Animaizinhos (28 Patudos, 6 Miminhos e 7 Bicudinhos) que fazem parte neste momento da nossa Casa-de-Passagem ABRIGO SÃO CHIQUINHO (em Iomerê SC) e nós humanos: Eu, meu marido Gabriel e minha filha Nicole.
Com certeza teremos uma linda recordação desta época.

Esperamos que gostem pois foi feito com muito carinho para todos vocês!!




Beijos, Lambeijos, Ronronadas e Cacarejadas de amor!!!
FELIZ 2016! 

De: TATTOO Para: CAMISETA

Há muito tempo eu sonhava em fazer algo para ajudar a arcar com as despesas que temos com nossa Casa- de- Passagem que chamo carinhosamente de ABRIGO SÃO CHIQUINHO.
Eu, meu marido Gabriel Zanella e minha filha Nicole Stefani Pertusatti, somos Protetores Voluntários Independentes. Aqui não temos ONG’s, nem canil municipal e infelizmente nossa casa é o único lar temporário em minha cidade (Iomerê- SC). 
Recebemos esporadicamente doações de rações, mas nunca chega a cobrir as despesas que temos.
Certo dia resolvi fazer uma tatuagem e inventei um desenho que representasse o meu amor pelos animais, fiz uma patinha com asas (já que realmente acredito que animais são Anjos), acrescentei um coração e flores coloridas (ficou a minha cara), amei tanto que decidi da tattoo criar um logotipo e fazer camisetas para vender, ajudando a arrecadar fundos, que seria revertido para o Abrigo.
A tatuagem fiz com um ótimo profissional que tem em Videira, uma cidade próxima a minha e ficou maravilhosa.
Assim que bolei uma frase para escrever no logotipo, tive a ideia de mandar fazer um logo, da tatuagem de patinha, que a minha filha Nicole tem no pulso e colocar na parte de traz da camiseta, com o nome do Abrigo.
Conversei com um grande amigo meu, que fez gratuitamente os logotipos para mim, ah... serei eternamente grata a ele, querido!!
Então a minha ficou assim:
E da minha princesa ficou assim:
E com muito orgulho:"TATUAMOS NA PELE A MARCA GRAVADA EM NOSSA ALMA: O AMOR PELOS ANIMAIS" e ainda iríamos contribuir financeiramente.
Fomos então procurar uma malharia que fizesse a estamparia, encontramos uma na cidade de Videira, que tem malha e estampa de ótima qualidade.
E ela pronta ficou assim:

Amei o resultado, é exatamente o que eu havia imaginado.
Agora  é preciso divulgar e torcer pra que as pessoas também gostem. 


"Aceitamos encomendas de camisetas, baby look, regata normal e nadador, camiseta decote canoa, ombro a ombro, varios tamanhos. UNISSEX ADULTO E INFANTIL.
Somente na cor branca, 100% algodão. Malha e estampa da melhor qualidade.
Valor, apenas R$ 35,00 reais. 
Interessados mandem e-mail para:
Moramos em Iomerê-SC (Brasil) , para outras cidades,  estados, países enviaremos pelo correio, calculamos o frete e o depósito é feito em uma conta do Banco do Brasil. (conta Mônica Stefani nº 316.594-9 agência (Iomerê ) 5234-5 Banco do Brasil."
OBS: Na foto a Nicole esta usando uma Baby Look G, frente e verso.

ADQUIREM e DIVULGUEM, ajudem a nos ajudar.
Beijos e lambeijos, com amor do ABRIGO SÃO CHIQUINHO!

Sim... eu salvo RATINHOS (Parte Final)

O tempo passou, cresci e mudei... mas em relação ao tamanho e preocupação com os animais, continuo seguindo a risca meus princípios: “por ELES sempre independente da espécie”.
Ate hoje, perdi a conta de quantos ratinhos já salvei, quero deixar bem claro um detalhe: NÃO CRIO RATOS... só evito que os que eu vejo morram!
Tenho foto dos ultimos... 
Este foi um coitadinho que achei ao lado do pé de jasmim, aonde antigamente o cão BLACK vivia (agora ele tá "de boa" morando em nosso lote de cima, aonde tem varias casinhas, junto com outros Patudinhos que infelizmente não cabem no canil).
O ratinho estava tão babado do Black ter “brincado” que ao recolher achei até que era um filhote de raposinha (sim, salvo raposas também).
Coloquei ele dentro de uma caixinha, mas apesar de ter tentado salva-lo, por estar com muitos ferimentos internos, logo morreu... tadinho.
Meses depois, começamos a ouvir barulhos em cima do forro da nossa casa, meu marido desconfiou que era um ratinho, como sabe a tristeza que fico com a possibilidade de alguém matar esses bichinhos, já tratou de comprar uma arapucazinha... colocamos um queijinho, o Gabi subiu e armou ela, ficamos aguardando, mas só na noite seguinte ouvimos ela desarmar.
Assim que o dia amanheceu (que me pareceu uma eternidade) o Gabi foi no forro pegar  o malandrinho. 
Ah... passei um tempão conversando com ele,  espiando-o dentro da arapuca, admirando seu focinho, bigodinhos, olhar atento, dava para sentir o medo que emanava daquele serzinho indefeso. 
Meu marido pediu o que faríamos com ele, pois se soltássemos lá fora, com certeza voltaria em cima da casa ou acabaria na boca dos gatos, (quando os mimis que temos na nossa Casa-de-Passagem aparecem com ratinhos na boca, morro de peninha, mas aceito porque é a natureza seguindo seu rumo, sem a mão cruel e covarde do ser humano), eu disse que queria um lugar seguro, o Gabi então pegou o carro e fomos  num terreno longe daqui, aonde tem um açude e perto um milharal, soltei pedindo a São Chiquinho que cuidasse dele. 
Fiquei triste em largar ele sozinho por lá, mas pelo menos ia ter comida e água, queridinho... assim que se viu fora da arapuca, correu se esconder na vegetação.
Voltei pra casa acreditando que apesar de ter praticamente "abandonado" ele, fiz o melhor que pude, feliz por ter salvado mais um e por ter uma família (Gabriel meu querido marido e Nicole minha amada filhotinha) que me entendem e aceitam essa minha forma de ver e viver a vida, mas confesso que infinitas vezes me sinto uma estranha neste mundo, não entendo porque nasci com tanto amor por todos esses seres chamados animais, um sentimento carregado de tristeza e inconformismo ao ver tanta maldade que fazem a eles... e é por isso que luto diariamente, faço o impossível para defender os que chegam ate mim e como sempre digo... PROTEJO INDEPENDENTE DA ESPECIE porque pra mim todos são dignos de VIVER em PAZ.

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Sim... eu salvo RATINHOS (Parte I)

Resumo da definição de RATO segundo WIKIPÉDIA: “O Rato é uma designação comum para diversos pequenos mamíferos pertencentes à ordem dos roedores e em alguns contextos são considerados pragas, além de ser um vetor para diversas doenças. Os ratos domésticos possuem comportamentos furtivos, onde podem invadir casas e despensas de comida. São os principais animais usados para testes em laboratórios”.

Resumo de definição de RATO segundo EU MESMA: “O Rato é um animalzinho muito inteligente, veloz, com olhinhos brilhantes e que parece estar sempre com o coraçãozinho batendo ligeiramente assustado. Poucos são amados, na maioria das vezes os seres humanos os desprezam por nojo, medo e são explorados inescrupulosamente, sendo submetidos a torturas para “estudos” em laboratórios”.
 Sempre fui uma grande defensora de toda forma de vida e isso é claro inclui os Ratos. Esses bichinhos sempre fizeram com que eu sentisse grande peninha deles, sei que muitos vão achar ridículo, eu hoje sendo adulta, continuar pensando assim, mas não me importo MESMO com o julgamento dos outros, em se tratando de animais meu coração continua pensando igualzinho de quando era pequena. Sofro choro, brigo por eles, não da mesma forma que fazia quando era criança, pois agora sei que posso defender os bichos de forma muito maior e mais intensa, procurando sempre conscientizar as pessoas com argumentos e atitudes.
E é pensando nisso que resolvi escrever esta historia, contando como vejo esses pequenos mamíferos, talvez assim as pessoas entendam, porque sinto tanto em saber quanto sofre esta espécie de vida, que como qualquer outra também tem sentimentos, medo, dor...
Desde pequena ouvia as pessoas dizendo como os ratos eram nojentos e as doenças que podiam “passar” pra gente, mas eu ficava pensando: "Como um bichinho tão bonitinho pode passar doenças?" Afinal a gente mal os via, pois era só ouvirem um barulhinho que já se escondiam amedrontados.
Era muito comum eles aparecerem no nosso paiol e meu pai, apesar de ter pena de bichinhos, ratos ele não se importava em matar, só não usava veneno porque tínhamos sempre gatinhos em casa e principalmente porque sabia que se eu conseguisse, com certeza pegaria  um ratinho na mão...
Infelizmente sua atitude me deixava muito triste e lá ia eu todos os dias, espiar todos os cantinhos do paiol para desarmar as ratoeiras e nem sei quantas vezes ouvi bronca, quando meu pai achava o cabo da vassoura, que eu colocava dentro da barrica de milho, para que os ratinhos escalassem e conseguissem fugir antes do meu pai os encontrar, (isso acontecia quando alguém esquecia a barrica aberta, eles entravam para comer, mas depois não conseguiam mais sair). Confesso que os sermões, apesar de me deixarem deprimida por outro lado valiam a pena, porque sabia que tinha salvado mais um.
Mas uma das minhas maiores lembranças e tristezas que tive com esses pequenos roedores, foi um casalzinho de camundongos bem pequenos e fofinhos.
Fizeram o ninho deles embaixo da nossa casa perto da escada e de vez em quando eu os via sair correndo pra pegar os farelinhos de pão, aonde minha mãe batia a toalha da mesa. Resolvi então alimenta-los e sempre que podia, escondido da minha mãe, é claro, eu colocava perto do buraquinho entre a tabua e a terra pedacinhos de queijo, salame ou pão e era só o tempo dos malandrinhos farejarem, que com todo o cuidado vinham espiar, quando viam que não tinha perigo, davam uma corridinha,  pegavam a comida e sumiam de volta pro ninho, eu achava isso o máximo.
Alimentava-os todos os dias quase sempre no mesmo horário, ate que certa vez, pra minha surpresa e alegria eles perderam o medo de mim e passaram a comer na minha mão.
Estavam tão acostumados a ouvir e reconhecer meus passos, que era só eu me abaixar e estender a mão, eles corriam, subiam nela, deixavam eu fazer um carinho nas suas cabecinhas e voltavam felizes pra debaixo da casa comer os petisquinhos.
Eu ficava tão feliz que nem acreditava, tinha ganhado a confiança daqueles pequeninos e podia matar minha curiosidade de vê-los de perto, poder analisar seus olhinhos, patinhas e sentir o calorzinho de seus corpinhos na palma da minha mão, às vezes ate sentia o pulsar de seus coraçõezinhos.
Ficava tão extasiada, que pra ninguém ver eu rir alto de contentamento, corria atras da casa, pulava batendo palmas, dava cambalhotas na grama, deitava olhando o céu e pensava: "Como que podia no mundo existir tantas espécies de animais tão lindos!" E na minha inocência acreditava, com toda força do meu coração, que um dia seria amiga também de leões, elefantes, girafas, gorilas enfim de todos os animais do planeta.
Inspirada nos filmes infantis, fiz com uma pedra amarela o desenho na tabua parecendo toca de ratinho e em cima escrevi Lar doce Lar. É obvio que aquilo chamou a atenção da minha mãe, coisa que não pensei no momento.
Ela queria saber por que fiz aquilo, com medo que descobrisse, inventei uma desculpa qualquer que é claro não colou, porque de burra a D. Muri nunca teve nada e passou a ficar de olho em mim.
Ate que um dia me pegou dando queijo pra eles, fez um escândalo, me mandou lavar as mãos com sabão, (no tanque, na pia da cozinha nem por decreto) porque segundo seu sermão: “Era só o que faltava começar a pegar ratos na mão, não chegava andar por aí com sapos, agora ratos também? Será que eu não sabia que eles tem peste? E se eles te morderem pode ate morrer... ah... mas deixa teu pai saber disso...”
Fui correndo lavar as mãos, não por medo das “pestes”, mas de apanhar dela e é claro corri atrás da casa chorar escondido... sabia do amor que meu pai tinha por mim, mas também sabia do conceito formado que ele tinha sobre os ratos. Como convence-lo a não matar meus amados e pequeninos TITO e TITA? (nome que havia dado pra aquele casalzinho simpático, que nunca cheguei a distinguir o macho da fêmea.
À noite quando meu pai chegou, minha mãe fez questão de contar tudo, inclusive que me viu com eles na mão. Meu pai ficou muito bravo e falou de todas as doenças que eu podia pegar da forma mais trágica possível, eu só chorava e pedia que por favor não matasse os coitadinhos, mas olhando nos lindos olhos azuis de meu pai, sabia que não adiantaria, pois pra ele ratos em casa jamais!!
Os dias foram passando e apesar de todo sermão que ouvi continuei (escondida) a tratar meus pequenos.
Nesta época eu estava com uns 7 ou 8 anos e dormia com minha irmã e certa noite acordei com uns barulhos estranhos, notei que ela não estava do meu lado, quando despertei totalmente, acendi a luz e percebi que o barulho vinha do quarto ao lado aonde era a nossa despensa... fui mais perto da parede e ouvi entre pancadas, pulos e gritinhos histéricos da minha mãe e da minha irmã, frases do tipo: “Olha, ele esta lá... sai que eu pego... credo, ele esta embaixo da cadeira... aiiii que nojo...”
Meu coração veio a boca, pois tive certeza que se tratava de uma caçada “familiar” a ratos, levantei e comecei a berrar, chorar e bater na porta da despensa que estava fechada.
Ouvi minha mãe dizer bem brava: “Vá dormir Mônica, não é nada”.
Afff... sei que me achavam estranha, mas surda e tapada eu nunca fui!!! E continuei berrando com toda a força, que não era pra matar meus ratinhos.
Alguns minutos depois (que pra mim foram séculos) meu pai abriu a porta, me pegou pela mão e foi sentar comigo na cozinha, tentando amenizar a chacina que tinham feito, mas como eu continuava histérica minha mãe curta e grossa falou: “Pode parar de chorar que não adianta, já matamos porque onde já se viu, vieram fazer o ninho dentro da caixa dos meus vidros de compotas vazios... e Angelo, amanhã quando você for trabalhar (nesta época meu pai era motorista do caminhão de lixo), pode levar tudo embora aqueles vidros e jogar no quinto dos infernos, malditos ratos nojentos”... e me dando aquela fuzilada continuou... “Viu no que deu você ficar tratando eles? Vieram parar dentro de casa... “bécs” que nojo, tô ate arrepiada...”
Tenho certeza que ela só não foi tomar banho pra se desinfetar por completo, porque era madrugada, (nesta época nosso chuveiro ficava numa casinha ao lado do paiol, ele era de latão e ficava suspenso por uma corda. 
Pra tomar banho precisava esquentar agua na panela e ir la fora, dava um trabalho danado, sem contar que o banho durava ate a agua acabar, o que acontecia em pouco tempo) mas vendo o quanto ela estava enojada, sei que faria isso assim que clareasse o dia!
E eu, só me restava ir correndo pro quarto e como diz o ditado: "chorar na cama que é lugar quente" e bem baixinho porque a minha irmã, que nunca parecia me entender, ficava me xingando, pois queria voltar a dormir!
Fiquei dias “de mal” com meu pai e cada vez que passava pelo buraquinho que eles moravam não podia conter as lagrimas, pensando em como tiveram coragem de matar o TITO e a TITA e seus bebezinhos que eu nem cheguei a ver e que somente fiquei sabendo da existência deles no outro dia, pois infelizmente ouvi esta historia muitas vezes, pois era chegar uma visita, minha mãe já contava a tragédia que tinha acontecido com sua caixa de vidros de compota e suas amigas tinham sempre a mesma reação... viravam a cara e faziam uma expressão de arrepio e diziam horrorizadas... “Credo que nojo”!!!
Mas apesar da minha decepção com tudo e todos, sabia que nada disso faria eu mudar de opinião, salvaria ratinhos (ou qualquer outro bichinho) sempre que precisassem de mim.
Outra historia com eles que nunca esqueço foi quando convenci (isso com uns 12 anos) a minha turma de amiguinhos de infância (que amo eles ate hoje) a salvar vários ratinhos que encontramos num canto do barracão do pai das minhas amigas gêmeas. Eles estavam quietinhos e encorujados, fiquei preocupada, se o pai delas os encontrassem, seriam facilmente mortos. Depois de muito pensar o que fazer com os coitadinhos, resolvemos leva-los, pra um terreno ali perto, onde era escavado cascalho, que carinhosamente, chamávamos aquele lugar de “nosso deserto”.
Felizes por acharmos que eles ficariam bem, deixamos eles lá acreditando que estariam salvos, mas para nossa tristeza, descobrimos depois que ficavam paradinhos daquele jeito porque estavam envenenados. Fiquei arrasada, todo nosso empenho não tinha adiantado nada, eles morreriam de qualquer forma.
Não demorou muito, minha mãe descobriu a minha “proeza” depois de uma visita na casa da mãe das minhas amiguinhas, o que foi motivo de uma grande discussão: “O que eu fiz de errado pra você não ter juízo nesta cabeça oca, fazer seus amigos pegarem ratos envenenados, já nem sei mais o que fazer, parece que quanto mais cresce mais louca fica...”
Bem, é claro que contou pro meu pai, que nessas horas me olhava com cara de bravo e ao mesmo tempo triste. E depois que a raiva dele passava, ele sempre dizia me olhando bem nos olhos... “Entendo que goste de bichos, mas nunca, minha filha, pode gostar mais deles do que de gente”!
Sabia que minha família, principalmente minha mãe e irmã, viam algo de muito errado e esquisito em mim, toda vez que me ouviam falar com cães, gatos, galos, gafanhotos ou seja lá o bichinho que eu encontrasse... confesso que também sempre me senti uma "estranha no ninho"... mas o que eu podia fazer? Meu amor e  piedade por eles era muito maior do qualquer outra coisa que pudesse "parecer ser o certo"...
Os anos passaram... e por coincidência num domingo desses, durante um almoço familiar, foi falado de ratos e  comentei que a minha próxima historia seria sobre eles e fui relembrar sobre o TITO e a TITA e fiz questão de reafirmar minha tristeza e indignação pela morte dos coitadinhos... hunf... nem me surpreendi quando minha mãe e irmã, mesmo já tendo passado décadas desde aquela fatídica noite, ainda fazem aquela cara de nojo e me olham com ar de: “Ai Mônica por favor me poupe...”
Imaginem então se naquela época, eu sendo apenas uma criança, não conseguia fazer eles entenderem o amor imenso que sentia por animais, se nem hoje que sou adulta, formada, casada e mãe muitas vezes não consigo?
Sim, porque atualmente continuo achando esses mamíferos fofinhos e me preocupo com o sofrimento deles.
Portanto é claro que a saga: EU SALVO RATINHOS continua... aguardem!!!

quarta-feira, 11 de junho de 2014

CARAMELO, KAVITA e a Bendita Lanterna (Parte Final)

O dia seguinte amanheceu com "novidades"...
Ao abrir o site de relacionamento, me deparo com um recado gigante, com o logo imenso da minha cidade, aonde o casal “desabafava” minha situação! Confesso que isso me incomodou, porque quando contei era pra ser uma conversa particular e principalmente porque li mais que uma vez a palavra COITADA, nunca me vi assim, mas por ouro lado, se ofereciam pra ficar de olho em tudo que se relacionasse a animais na minha cidade e pensei: “Quem sabe estou sendo orgulhosa mesmo", como falaram na noite que vieram aqui....
Mas de uma coisa eu estava convicta, mesmo aceitando ajuda deles, continuaria a ser Protetora Voluntária Independente, (infelizmente a única na minha cidade a ter casa-de-passagem, aqui não tem ONG, nem canil municipal).
Enfim, deixei de lado as partes que me incomodavam do texto escrito e foquei na que os animais de minha cidade, teriam mais alguém a olhar por eles e apesar da pulga atrás da orelha, ate compartilhei o dito recado.
Mas logo de cara a coisa já não estava dando certo, o dia que combinamos de irem pegar a Kavita, ninguém apareceu e lá vem a mulher me incomodar de novo exigindo explicações, vai a idiota aqui mandar recado pra um, pra outro, até que finalmente foram busca-la..
Agora sim eu poderia ter sossego...(HUNF!... vai nessa de novo)... levaram a Kavita e cadê que cumprem o que tinham me falado, ou seja, que avisariam a mulher que ela tinha “morrido” durante  a castração.
Nesse meio tempo, houve a Ação Social e prol dos animais e eis que fico sabendo que anunciaram no microfone, durante o jantar que fariam um leilão pra me ajudarem e lá vai o "desabafo" da minha situação alto e bom som pra todo mundo ouvir... eita! (isso que tinham pedido pra gente não comentar com ninguém que nos ajudariam...)
O dinheiro que arrecadaram do leilão, a maior parte foi para a clínica onde quitaram a conta do Caramelo (gostaria de deixar bem claro que o dinheiro do leilão sobrado da conta paga, que disseram que me deram, eu NÃO RECEBI)
Claro que isso foi parar nas redes sociais e eles foram muito elogiados, afinal ELES quitaram a conta do Caramelo que estava em MEU NOME. 
Agradeci muito por isso, pois era uma preocupação a menos que eu teria, assim como fiz questão de agradecer cada pessoa que ajudou como puderam, pra ser pagar a conta daquele amado cão, seja com dinheiro ou compartilhando o album que fiz pra ele, assim como serei eternamente grata, pela família querida que o adotou.
Enquanto tudo isso acontecia, a mulher continuava a me infernizar, querendo saber cadê a DALILA? (Eita... pra mim vai ser eternamente KAVITA), pois ainda NINGUÉM havia lhe dado satisfação do que foi feito com a Pastor Alemão, (isso eu também estava achando um absurdo, ela apesar de tudo merecia uma satisfação, afinal o combinado era que, diriam a ela já no dia seguinte que levaram a Kavita de lá, que ela teria "morrido", só que não fizeram isso e quem tinha que aguentar a encheção de saco dela e das amiguinhas, mandando recados toda hora, era eu!!
Tentava falar com o casal, deixando recados e ligando no celular, pedindo que POR FAVOR, retornassem uma satisfação pra mulher que já estava ligando até pra parentes meus, exigindo explicações (sim, porque pra ela a "demonha” da historia sempre fui eu!)
Mas nada do casal se manifestar, (somente me disseram que a Kavita estava bem e já estava em uma chácara, (mas isso eu já sabia), o que eu queria, era que dessem uma satisfação pra aquela chatonilda, que me cobrava uma explicação.
Somente dias depois, o casal me autorizou dar o endereço do contato deles, na rede social pra  mulher se comunicar com eles e que seria avisada do ocorrido.
Ufa... já não era sem tempo, agora sim paz, poderia continuar minha vida e meu Trabalho Voluntário sossegada, pois muitos anjos ainda precisam de mim... 
Mais uns dias passam e certa noite, quando abro o site de relacionamento o que vejo? A mulher e suas "amigas" fazendo manifestações contra minha pessoa, exigindo explicações do que eu fiz com a DALILA (pra mim é KA-VI-TA!), uma delas que mora a “centenas” de km daqui chegou a cogitar o fato, que eu provavelmente tinha levado ela castrar em um carniceiro e que ela poderia até estar morta... céééus, era pra estar mesmo (no enredo da "historiada" que o casal inventou), mas cadê que deram satisfação pra mulher e suas fiéis “escudeiras"?
"PELAMORDEDEUS" que maldita confusão fizeram? Disseram que assumiriam o caso da Kavita, quando na verdade só pioraram a situação...
Nessa hora juro, eu surtei... que diabos fiz pra merecer tanto incomodo? Kavita querida, quem foi você em outra encarnação, que nessa preciso passar por isso pra te ver bem?
Comecei a ligar pro celular do casal, mandar mensagem,  liga e liga e NADA... não consegui entrar em contato com eles naquela noite de jeito nenhum... HUNF! Cadê esse bendito casal sorridente e simpático?
Dormi me remoendo de raiva... por que se meteram se não estão resolvendo nada? Por que não me deixaram ir com a Vigilância no outro dia tirar ela de lá e achar outro lar responsável, que não se importasse se ela estivesse gravida ou não? Afff... MALDITA LANTERNA!
No outro dia, pra ver se o casal  se manifestavam e cumpriam o combinado comigo, citei o nome deles no site de relacionamento, nos recados em aberto e pra mulher, expliquei novamente o que o casal me instruiu a fazer: "Que tinha conseguido a castração, mas que quem castrou estava agora responsável pela Kavita!", (Até hoje não me conformo por ter aceitado essa proposta descabida, deveria ter me virado sozinha como sempre fiz, maldita hora que aceitei ajuda...)
O casal finalmente se manifestou, escreveram pra mulher, que realmente tinham ficado responsáveis pela cadela, que levaram ela castrar (estava gravida sim, mas segundo eles, eram só umas “minhoquinhas”) e que ela estava bem e vivendo agora em uma chácara!
UÉÉÉ??? Ela não tinha morrido??? Essa parte da historia que eles inventaram e eles mesmos “desinventaram” não haviam me avisado! HUNF!... já pensou se eu, de saco cheio da mulher me aborrecer, falo pra ela que fiquei sabendo que a Kavita estava morta?? Imagina o rolo que eu me meter... "épacabá" mesmo...
A mulher, não contente com a explicação, em vez de discutir com ELES (já que segundo o casal, era pra eu estar a tempos fora disso tudo), continuava a me difamar... claro é mais fácil ofender um Protetor Independente do que uma ONG.
Sem contar que começou com um sentimentalismo barato, que todos na casa estavam tristes e sentindo muito a falta da DALILA, se apegaram tanto que estavam até ficando doentes de saudades... antes de alguém se emocionar e chorar com pena deles nesta parte da historia, deixa eu relembrar alguns fatos: Queriam adotar um PASTOR ALEMÃO MACHO para CUIDAR DO SÍTIO que já tinha sido assaltado, (vira-lata porte grande, nem pensar), levei uma FÊMEA PASTOR ALEMÃO, SUPOSTAMENTE GRAVIDA, exigiram a CASTRAÇÃO que eu prometi e NÃO CONSEGUI CUMPRIR, pois não queriam FILHOTES NO SÍTIO, NEM SE INCOMODAR COM CADELA NO CIO... cadê o bendito apego pela KAVITA?
Em que parte da historia toda, no pouco tempo que ela ficou lá, esta mulher demonstrou amor a ela? Agora que finalmente estava sem as “minhoquinhas” na barriga, ela se tornou fundamental e parte pra família? Conte outra... pra mim, ela com a KAVITA castrada teria então o que queira, uma bela espécime de Pastor Alemão que cuidaria do sítio e não traria incômodos com cio e filhotes e como estava com raiva de mim, porque sabia que eu não queria mais meu resgate com ela, jurou que faria qualquer coisa pra ter ela de volta.
Bem, tanto bate boca daqui e dali, no meu entender, diante do que pra mim e pro meu marido foi prometido, a mulher que fosse adotar outro cão se quisesse, porque a Kavita não voltaria mais lá, ficaria nesta chácara que estava, desde que foi castrada (que por sinal fiquei bem feliz, porque a dona ama e protege bichos também e eu sabia que melhor lugar ela não poderia ter encontrado) e fim de papo.
Mas... mais uma vez eu estava enganada... por trás dos bastidores a coisa fervia, a mulher com seu sentimentalismo de quinta categoria, as amiguinhas dela cutucando e mexendo os pauzinhos, eis que pego o lance de que talvez Kavita seria devolvida pra adotante grossa que me ofendeu.
Indignada, entro de novo em contato com  o casal... Céus, não aguentava mais isso, queria desistir, mandar tudo pro inferno, MAS NÃO ADMITO QUE ALGUÉM QUE ME OFENDE E QUEIRA DIFAMAR O MEU TRABALHO VOLUNTARIO, FIQUE COM UM RESGATE MEU! NÃO SABE RESPEITAR PROTETOR, NÃO MERECE O AMOR DE UM ANIMAL QUE POR ELE FOI ACOLHIDO.
Depois de muitas tentativas de entrar em contato com o casal, finalmente consegui e mais uma vez me tranquilizaram (isso tudo sempre pela rede social e raramente pelo celular, não atendiam, pessoalmente nunca mais), dizendo que realmente a mulher tinha ligado e queria a cadela de volta e bláblábá... mas que eles não devolveriam, ficaria nesta chácara que estava agora e era pra eu ficar em PAZ!
E fiquei... e estranhamente tudo ficou... a grossa da mulher se aquietou, suas amigas também, nem acreditava. Podia abrir minha rede social sem sustos e surpresas com recados desaforados, sem ligações pra minha família... mas confesso que isso me intrigava, algo no ar não cheirava bem...
Dias depois sonhei com a Kavita, que tinham devolvido pra mulher... acordei angustiada e por via das duvidas, resolvi mandar recados a varias pessoas que sabiam da historia e estavam de alguma forma ligadas ao meu tão preocupante e desgastante resgate. 
A mulher que agora estava com a Kavita, me respondeu que ela estava bem, (mas achei a resposta dela seca e estranha), o casal sorridente NÃO me respondeu, enfim fiquei praticamente no vácuo e com uma pulga do tamanho de um elefante atras da orelha.
Comentei com meu marido e minha filha minhas suspeitas e eles disseram que não devia ser nada, que eu estava me estressando a toa, pois imagina se depois de tudo que aconteceu, tanta confusão, eles iriam devolver pra ela.
A noite, resolvi entrar na rede social pra postar umas fotos da nossa casa-de-passagem e quase enfartei... vi a foto da minha amada KAVITA na página da grossa da mulher, tendo a cara de pau de agradecer a Deus, as “amigas” por ter finalmente conseguido a DALILA de volta pois uma pessoa desumana, mal amada, que carrega muita maldade no coração, queria impedir isso... (essa pra quem não percebeu sou eu ..aff) 
Nesta hora nem consigo dizer o tamanho da minha revolta, frustração e acima de tudo, da tristeza que senti... (a sorte desse povo é que sou uma Protetora contra violência, pois se eu fosse o Stallone, tinha pegado uma bazuca e feito uma limpa na região).
Indignada deixei recado pro casal, pra ONG (creio que os que fazem parte dela, nem estavam sabendo do que realmente estava acontecendo, mas deixei recado lá também, porque o casal respondia os recados através desta pagina) e pra mulher que ERA pra estar com a Kavita, (que ate então eu TINHA uma grande estima) exigindo explicações, afinal que PALHAÇADA toda foi aquela? Porque depois de tudo devolveram o MEU resgate pra grossa que só soube me infernizar e me ofender? 
Senhor do céu!!! Essa minha postagem, exigindo uma explicação deu tanto bate boca, que quem estava por fora e tentou acompanhar e entender, deve ate hoje tentando processar tudo que foi dito...
Resumindo o bate boca todo, a PORCARIA da explicação que me deram foi que: "Devolveram a Kavita porque a família estava sofrendo de saudades, que ela estaria bem cuidada lá e que não iriam prejudicar um animal pra defender uma questão pessoal minha com a mulher e fizeram questão de citar que a mulher de muita boa vontade PAGOU todos os custos da castração".
SÓ POR DEUS MESMO... que gente mais ignorante... Será que não viram o teatro todo da mulher e suas amigas? E gostariam que provassem em qual parte da historia eu FALEI que a Kavita estava sendo maltratada... isso NUNCA foi cogitado, ela sairia de lá por outros motivos que eu já estava cansada de explicar... e se era uma questão pessoal minha PORQUE DIABOS o dito casal simpático em nome da ONG deles se meteram na minha historia, na minha vida, no meu resgate se NUNCA os procurei pra isso?? Será que o fato da mulher "generosamente" ter se oferecido pra PAGAR a castração é que PESOU na escolha de devolver a Kavita?
E não contentes ainda, por terem me feito de idiota durante todos aqueles dias, ainda assistiram de camarote a mulher continuar me desaforando na foto da Kavita que postou. 
Tiveram também inclusive a OUSADIA de me ACUSAR de INTERESSEIRA, DESEQUILIBRADA, MAL AGRADECIDA, pois eu era uma INGRATA, afinal tinham ate PAGADO AS "MINHAS CONTAS" (referindo-se ao restante da conta que quitaram do Caramelo) e que eu podia CONTRATAR UM ADVOGADO pois iriam me processar..
ME PROCESSAR??? PORQUE??? Por cobrar uma verdade? Por tentar entender o que ganharam fazendo isso comigo?? Acharam que porque quitaram uma conta minha no Veterinário eu iria ficar quieta e não contar o desaforo que me fizeram?
Cada vez que lia os comentários escritos na minha postagem, ficava pasma, pois não acreditava que aquilo estava acontecendo... teve gente da ONG (e simpatizantes da mesma) que se ofenderam de tal forma, que mesmo não sabendo da missa a metade, escreveram coisas absurdas, teve até quem escreveu que eu estava cuspindo no prato que comi... EITA!!... A esta criatura, digo apenas que este prato que me deram e eu não pedi e que você insiste em dizer que cuspi (Afff... que ditado mais escroto) estou entregando agora novamente cheio (pois devolvi pra ONG o DINHEIRO do Caramelo), pra você lamber, (sim porque a ajuda que me deram QUE EU NÃO PEDI, que anunciaram pra todo mundo QUE EU TAMBÉM NÃO PEDI, na certa quem queria era você pra estar com tanta raiva assim de mim, mas não se preocupe, te repasso ele de bom coração, porque este PRESENTE DE GREGO não quero ver nunca mais!
Lendo todas aquelas asneiras, fiquei pensando... céééus quem essa gente pensa que é?
Aparecem do nada na casa da gente oferecendo ajuda pra terminar assim? Eu sendo uma TRATANTE (MAL AMADA) pela mulher e pra eles uma INGRATA, DESAFORADA que "DISTORCIA FATOS"?
Quero deixar claro, que contando esta historia é uma maneira de desabafar toda minha revolta (e também porque o meu Blog é feito com o intuito de contar minha vida com meus resgates), NÃO QUERO DE FORMA ALGUMA PREJUDICAR O TRABALHO DESTA ONG, QUE NA CIDADE DELES É IMPORTANTE, MAS QUE "PRA MIM" ELES (O CASAL) NÃO FORAM NADA COERENTES E ÉTICOS e por Deus, deles quero distancia...
Desejo de coração, que NUNCA um Protetor Voluntário Independente que SEDE SEU LAR PRA SER CASA-DE-PASSAGEM, precise passar por isso, que as pessoas revejam seus conceitos quanto ao que fazem e dizem, porque o nosso trabalho é MUITO IMPORTANTE, pois sem eles as ONGs pouco podem fazer, pois "PRECISAM" DE SEUS LARES PARA ABRIGAR OS ANIMAIS, JÁ QUE EM NOSSA REGIÃO NÃO TEM CANIL MUNICIPAL.
Ah... e se tem gente que acha que NÃO MERECE SER CRITICADA, muito menos eu OFENDIDA!!!
Pois pra mim, "QUEM ME AJUDA COM UMA MÃO E COM A OUTRA ME APUNHA-LA PELAS COSTAS, NÃO É DIGNO DA MINHA AMIZADE E CONFIANÇA!"
Hoje depois de tanto tempo de angustia em relação a esta historia toda, fico feliz em saber do quanto o Caramelo esta bem e desejando todo amor do mundo pra Kavita (mesmo estando num lugar que eu não queria).
E dou graças, por finalmente parte de meu coração estar em paz, pois CONSEGUI O DINHEIRO (cada centavo que não fui lá pedir) e DEVOLVER PRA ELES, que como não tinham argumentos pra se justificarem, do porque fizeram isso comigo em relação a Kavita, USAVAM o fato de ter pagado a conta do Caramelo pra ficar me jogando na cara o tempo todo e pra todo mundo ver o quanto eu era INTERESSEIRA E INGRATA, nem sei quantas vezes citaram que eu era DESEQUILIBRADA e com certeza agiram assim para TIRAR O FOCO da explicação que eu exigia deles.
Inclusive estou devolvendo a ajuda financeira que recebi de uma simpatizante da ONG, que fez questão de se manifestar nos recados e que também aproveitou pra me jogar na cara a ajuda que deu pro Caramelo.
Agora sim - "se sentindo de ALMA LAVADA" -
Afinal NÃO sou INTERESSEIRA, nem MAL AGRADECIDA, muito menos COITADA e DESEQUILIBRADA, sou uma apenas pessoa, que luta mesmo que só, para que as pessoas aprendam a RESPEITAR OS ANIMAIS E OS PROTETORES VOLUNTÁRIOS!      
Aprendi tanto com tudo isso, principalmente a olhar melhor nos olhos de quem entrego meus resgates e (infelizmente) a desconfiar de ajuda que aparece do nada (ainda mais se no meio disso tem uma LANTERNA).
Continuo firme na minha opinião: "QUEM OFENDE UM PROTETOR NÃO MERECE UM PINGO DO AMOR DO ANIMAL, QUE POR ELE FOI RESGATADO!
Enfim, esta é a historia toda, os que se sentirem ofendidos, deveriam ter pensado duas vezes antes de entrar de metidos nela e virar "personagens" nas minhas historias, pois TODOS os meus resgates, uma hora ou outra virão para este blog!
Quero deixar claro também pra quem não sabe, que não sou Protetora a um dia, um mês ou "UM ANO", mas a vida toda e tenho minha casa-de-passagem a mais de uma década... então, MAIS RESPEITO POR FAVOR!!!
Mesmo muitas semanas após toda essa confusão, apesar das enormes decepções e traições, NÃO ME SINTO UMA COITADA (como esta "gentarada" insiste em afirmar), mas sim ainda mais convicta que nada neste mundo vai fazer com que eu desista de acolher e encontrar ótimos lares pra esses ANJOS ABANDONADOS e que não vão ser: VIZINHOS, POLÍTICOS, PADRES, "CASAIS SIMPÁTICOS", FALSOS AMIGOS, ADOTANTES GROSSAS, DOENÇAS, DÍVIDAS FINANCEIRAS, que irão me fazer desistir desta minha luta diária, a qual considero minha missão neste mundo, que é: 
"DEFENDER OS ANIMAIS, SEJAM ELES DA ESPÉCIE QUE FOR!".
E fim de papo!
                       

Para conhecer mais sobre nosso Trabalho Voluntario, assistam este vídeo:

CARAMELO, KAVITA e a Bendita Lanterna (Parte IV)

Entre latidos e miados de felicidade, tudo transcorria normalmente em nossa casa-de-passagem.
CARAMELO cada dia mais lindo, amado e feliz em seu novo lar.  
Meu coração parece que explode de ternura e gratidão, quando vejo adotantes tão responsáveis e queridos com meus anjos resgatados.
Mas infelizmente, nem todo mundo reconhece o Trabalho Voluntário de um Protetor, pois nesse meio tempo, a mulher que adotou a KAVITA começou a infernizar minha vida, exigindo a castração que eu havia prometido e que não estava conseguindo.
Sempre aceitamos de coração qualquer tipo de doação para continuar nosso trabalho e nunca pedimos nada diretamente a alguém, postamos pedindo ajuda e as doações são sempre espontâneas, pois ajuda quem naquele momento esta podendo, seja com ração, potes, vermífugos... e confesso que me sentia constrangida em ser direta e pedir ajuda com a castração da Kavita e é por isso, que a gente entendeu quando as pessoas se justificaram do porque não poderiam ajudar.
Somente uma das quais pedi ajuda foi meio seca, quando especifiquei o caso, disse que conhecia muito bem a adotante e me mandou dizer pra mulher, vender umas duas plantas das quais ela cultiva, que já pagaria a castração... achei muita grosseria e claro que eu jamais iria falar isso a ela, pois eu tinha prometido, mesmo sabendo que a adotante financeiramente poderia pagar tranquilamente se quisesse.
Os dias foram passando, até que chegou uma hora que a mulher me deu um ultimato e como eu não tinha mais pra quem pedir, educadamente expliquei a ela que eu realmente tentei, mas mão tinha conseguido, falei que estava com dificuldades de cuidar dos 25 animais que estavam comigo e que se realmente achava que a Kavita estava gravida (tinha acolhido ela durante o cio) era pra me avisar, pois se a gente castrasse aquelas alturas, já seria um aborto e sendo assim, se não quisesse mesmo ficar com ela (já que queria pra cuidar do seu sítio um PASTOR ALEMÃO MACHO), me dissesse o quanto antes, que eu não me importaria mesmo em pegar ela de volta, esperaria ela ter os bebes e mais tarde acharia casa pra todos, sem problemas.
Mas infelizmente, quando recebo o recado dela de volta, tive a maior surpresa e decepção, pois a mulher que ate então tinha se mostrado chata, cobrando direto minha promessa de castração, naquele momento se superou, sendo imensamente grosseira, disse que eu não tinha cumprido o prometido, que eu tinha me aproveitado da situação pra me PROMOVER com o resgate da KAVITA (que ela chama de DALILA) e já que era assim, ela mesma levaria castrar, mas iria contar pra todo mundo que costumava me elogiar, quem na verdade eu era!
ME PROMOVER COM UM RESGATE? MOSTRAR QUEM EU SOU?!?
Fiquei pasma ao ver o recado, pois não acreditava (sempre que entrego um animal pra adoção, deixo claro que se não der certo é pra me avisar que o acolho novamente) e ter que ler aquilo era o fim mesmo... depois de tudo que passei pra preservar a vida da Kavita, estar disposta a procurar novamente adotantes pra ela e seus possíveis bebes, afinal pelas atitudes da mulher, eu estava convicta que ela faria questão de me devolver. 
Simplesmente não entendia a atitude da grosseria da mulher, não quer mais o animal?? ME DEVOLVE!!!
Que absurdo... ter que que ser desaforada por uma pessoa, que não admitia que eu não tivesse arrumado a castração, porque não queria filhotes no sítio. 
Nessas horas que um Protetor desaba mesmo, porque ninguém sabe a realidade do que a gente passa pra salvar um animal em situação de risco, pra não ter nem se quer um pingo de compreensão e respeito pelas pessoas envolvidas.
Chorei de raiva e frustração e imediatamente liguei pra Responsável da Vigilância, (que juntas tínhamos levado a Kavita ate o sítio da mulher ), contei toda a historia e pedi se no dia seguinte poderíamos ir pega-la de volta, pois naquele lugar eu não deixaria mais de jeito nenhum. Por ser uma pessoa muito querida, humana e responsável, disse pra eu me acalmar que no dia seguinte bem cedo, resolveríamos a situação (quase morro de vergonha quando lembro), pois no momento que liguei, ela estava com a casa cheia de visitas, pois era a festa do seu aniversario (eu nem sabia), mas mesmo assim, pacientemente me ouviu e me tranquilizou.
Ainda com a cara desfigurada de tanto chorar (por mim teria ido ainda aquela noite tirar a Kavita de lá) escutei alguém batendo no portão, fui ver quem era e para minha surpresa (hoje diria decepção), vi que era um casal que faz parte de uma ONG, numa cidade vizinha.
Disseram eles que queriam uma lanterna emprestada, pra ver uma possível denúncia de filhotes abandonados entre Iomerê e Bom Sucesso.
Vim pegar a "bendita" lanterna e começamos a conversar... pediram como estavam as coisas, os animais e infelizmente acabei contando e desabafando mais do que deveria, relatei a historia da Kavita, meus problemas de saúde, financeiros e na dificuldade em manter nossa casa-de- passagem nos últimos tempos.
Eles sempre simpáticos, disseram que eu não precisava ser tão orgulhosa, que deveria ter avisado eles da minha situação (OBS: já havia em outras ocasiões sido convidada a fazer parte desta associação, mas por vários motivos, entre eles "evitar aborrecimentos", sempre preferi fazer meu trabalho voluntario independente),
Enfim, diante de mim e do meu marido, eles se mostraram indignados com a atitude da adotante em cobrar uma castração e ameaçar difamar meu nome e trabalho por não ter conseguido cumprir, me acalmaram e bolaram um plano mirabolante: "Disseram pra mim no outro dia, logo cedo, ligar pra Vigilância e dizer que não precisava mais ir no sítio e me instruíram a mandar recado pra mulher, dizendo que eu tinha conseguido castração, que um casal iria pegar a Kavita e este mesmo casal iria levar ela depois de castrada de volta.
Só que na verdade era tudo desculpa pra tirar ela de lá sem maiores confusões e disseram que, daquele dia em diante a Kavita iria pra um novo lar. 
Expliquei a eles que a mulher era grossa e que de raiva provavelmente iria querer a cadela de volta, pois além de tudo ela era uma Pastor Alemão lindíssima. 
Eles sempre sorridentes, confiantes e poderosos, me acalmaram dizendo que daquele dia em diante, a briga com a Kavita seria deles, pois concordavam comigo, que era inadmissível aceitar a atitude de ofender um Protetor, que infelizmente não conseguiu cumprir a promessa de castração, que estava disposto a pegar de volta o animal doado e achar um novo lar.
Disseram também que para evitar maiores incômodos, diriam que na hora da castração ela infelizmente teria morrido, assim a mulher pararia de incomodar, (essa parte me preocupou odeio mentiras, as pessoas sempre acabam descobrindo),  mas eu pensei, se é para o bem da Kavita e ver o nome do meu trabalho longe daquela mulher grosseira, quem sabe desse certo.
Depois de bolado o "plano infalível", convidaram eu e meu marido, pra ir com eles procurar os cães, mas infelizmente não os encontramos.
Quando vieram nos deixar em casa e devolver a “bendita lanterna” (ainda acho que a culpa disso tudo foi dela), eles comentaram com a gente, de uma Ação Beneficente que iam fazer em prol dos animais (eu até havia sido convidada pra vender ingressos, mas por questão de princípios e por ser Vegetariana não aceitei, pois não acho justo matar um animal pra proteger outro. QUERO DEIXAR CLARO QUE ISSO É UMA OPINIÃO PESSOAL MINHA, NINGUÉM É OBRIGADO A CONCORDAR!.
Enfim, parecia que o casal realmente haviam entendido a minha posição em relação a isso. Disseram que de alguma forma, iriam me ajudar com as dívidas financeiras que tinha na clínica onde levo meus resgates, (OBS: levo nesta clínica porque confio no trabalho deles, eu e os animais fomos sempre muito bem atendidos), pois ainda estava lá o resto da conta do amado CARAMELO.
Pediram também que a gente não comentasse com ninguém, que receberíamos alguma ajuda deles, (eu e meu marido, até nos questionamos mais tarde: "Porque será que não poderíamos comentar que nos ajudariam com a divida?" Chegamos a pensar que talvez, fosse pelo fato, de eu não ter ajudado com a venda dos ingressos e que os outros da ONG pudessem não achar justo ajudar nossa casa-de-passagem).
Quando foram embora, se despediram, continuamente sorridentes (nossa como foram simpáticos) eu corri na minha mãe, que mora do lado, contar a boa notícia, que finalmente dormiria em paz, depois de muitas semanas, desde que a Kavita apareceu e foi adotada, não precisaria mais me preocupar com a grossa da adotante, nem com palavra castração, pois o casal simpático que tinha saído da minha casa, resolveria tudo!!
Afff... QUEM DERA...
Bem verdade o ditado que diz" QUANDO A ESMOLA É DEMAIS, O SANTO DESCONFIA!".
Não sou santa mas deveria ter desconfiado... deveria!
Em casa fiz conforme me instruíram, mandei o recado pra mulher e pacientemente aguardei...