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terça-feira, 15 de novembro de 2011

LOLITA e sua pintinha charmosa!

Ah...doce Lolita...
Uma linda poodle, com uma pinta na perninha.
Vi esta serelepe, quando subia para o colégio, ela vinha toda faceira , liderando uma “patota feliz” de quatro cães, consegui conhecer três, pois sei quem  são seus donos.
Ela estava suja, com o pelo embolado, magrinha, cansada, mas mesmo assim não perdia a pose de Gisele, se sentia o máximo!!!
Subi preocupada, vi na hora que era abandonada, estava no cio e rodeada de cães... isso nunca acaba bem!
Enquanto dava aula, vi um movimento na rua, fui até a janela e lá estava ela correndo na frente e os admiradores se matando atrás...
Quando cheguei em casa, já deixei uma coleira a postos e um pote de ração, caso ela aparecesse. Não demorou muito ouvi meus cães latindo como loucos, fui pra fora , lá vinha a turma do barulho.
Corri e chamei ela, na hora nem bola me deu, mas quando viu que eu tinha comida, veio bem rápido até mim, estava faminta e era muito mansa.
Fiz carinho, conversei com ela enquanto comia, aos poucos coloquei a coleira, puxei com a guia, ela meio a contra gosto me seguiu.
Nem bem entrei, minha mãe da janela me vê... sempre que lembro deste momento dou risada sozinha... ela deu um berro tão alto e inesperado gritando comigo, que ainda vejo minha tia atrás dela, com a cuia na mão, os olhos esbugalhados de susto e a mão no coração como se quisesse evitar um enfarte... os gritos da minha mãe pegaram ela desprevenida...
Fui prender a cadelinha, mas meu sorriso logo sumiu, quando percebei que não podia mesmo fazer isso. A cadelinha gritava, meus cães enlouqueceram e os que estavam com ela ameaçavam entrar... tive que solta- la...
Mas fiquei cuidando ela a distancia, por dias, esperando passar o cio. 
Sempre que saio para dar aula, carrego um peso enorme na bolsa, (acho que é por isso que tenho até um ombro mais baixo que o outro), são livros, cadernos, estojo e sempre tenho potes vazios de margarina, garrafinha de água e um pouco de ração... nunca se sabe quando vou encontrar um anjinho abandonado sedento e faminto!
Passada uma semana, a aula da noite tinha acabado, descia do colégio apurando por causa da chuva, quando passei pelo meio da praça, ouvi um chorinho baixinho, olhei com dificuldade em baixo de um banco, estava muito escuro, mas mesmo assim a reconheci.
Chamei, ela veio, tremia de frio, estava muito suja e molhada, até colinho queria,  tadinha...
Nem precisei convidar, ela me acompanhou. Em casa, prendi ela, arrumei ração e água. Comeu, tomou muita água e antes de se aconchegar nos paninhos limpos, pulou nas minhas pernas agradecida.
Nessas horas nem sei explicar o que sinto é muito amor, alívio de saber que está segura, uma sensação enorme de dever cumprido.
Dias depois recebi uma boa notícia, uma amiga minha ia conseguir a tosa e castração pra fofinha.
Depois de uma semana veio para casa e não demorou uma senhora queria adota- la.
Eu e o Gabi levamos ela de carro, a mulher prometeu cuidar dela direitinho, comprou casinha e tudo e deu- lhe o nome de Preta.
Fiquei um tempo de olho e me pareceu que estava bem cuidada. Me senti feliz por ela.
Isso aconteceu no ano de 2009.
Passado quase dois anos, uma mulher me diz: “Sabia que na casa de ‘fulana’ tem uma cadela preta amarrada, em péssimas condições e só não morreu de fome e sede porque uma mulher passa lá e de vez em quando a alimenta escondida?”
Meu coração quase parou, só podia ser a Preta.
Fui pra casa correndo e chamei a Nicole, contei a historia e lá fomos nós investigar... perguntei pros vizinhos, a ”tal Senhora” viajava muito e deixava ela lá... amarrada, largada a própria sorte.
Fui até a casa, a cena que vi me chocou, ela tava tão suja e seu pelo tão embolado, que ficava com o pescoço torto porque eles tinham prendido na corrente, com muito custo desenrosquei... ela ficou tão feliz em me ver que não parava de pular.
A idiota da “tal senhora” estava viajando, (não entendo... porque querem adotar se depois não cuidam?) como morava de aluguel, fui até a casa do proprietário e eles me disseram que ela estava para ir embora. Pedi pra levar a cachorrinha, a mulher disse que não queria encrenca, mas ficou de avisar quando ela fizesse mudança.
Eu e a Niki íamos todas as noites lá brincar com ela e alimenta- la.
Passado umas semanas a dona da casa avisou que a mulher (uma bruxa isso sim... ) tinha ido de mudança e a cadelinha tava na rua.
Trouxe ela pra casa, neste dia minha mãe nem brigou, ela também ficou com dó da coitadinha.
Como eu já tinha uma cadela que se chamava Preta, dei- lhe o nome de Lolita.
Ela tossia muito e quando levei ela consultar e tosar descobri que era cinomose, tive medo porque tenho muitos cães aqui, todos vacinados, mas como a importada é muito cara, vacino com as de agropecuária (entrego eles com carteirinha de vacinação), mas precisava cuidar dela, jamais ia abandoná- la e resolvi correr o risco.
Foi medicada e por sorte, ainda não teve recaída nem outras sequelas.
Muita coisa aconteceu desde este dia, já fugiu duas vezes e por incrível que pareça, era na antiga casa que eu achava ela. 
Na sua última fuga a nova família que mora lá pediu pra adota- la, mas depois que expliquei que ela era doentinha, não quiseram, ainda bem.
Quero ela sempre perto de mim, cuidar pra vida toda esta pequena que adora um colinho, tem uma pinta preta na perninha, que é o maior charminho!

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